TRATANDO A BAIXA AUTO ESTIMA
É comum atender em meu consultório pessoas com problemas de baixa estima, e isso se torna um grande transtorno na sua vida quando impede a realização de projetos atrasando conquistas. Teoricamente temos uma polarização da auto estima podendo-se classificar em duas: a baixa auto estima estima e a auto estima de níveis elevados, também chamado de narcisismo. O narcisismo consiste na auto estima desproporcionalmente elevada, causando um grande desajuste social. Mas quero me ater neste artigo na primeira classificação, a baixa auto estima.
A baixa auto estima pode ser ocasionada por diferentes fatores emocionais discorridos ao longo da vida do indivíduo, tais como maus tratos na infância, uma forte sensação de rejeição, traumas ou até mesmo sensações introjetadas quando ainda estávamos na barriga da mãe. A psicanálise é uma das principais formas de tratamento terapêutico, oferecendo um mergulho no mundo do inconsciente, lugar cuja estão alojados todos os conteúdos recalcados produzidos ao longo de nossa vida. Lá habita traumas, complexos, dores, fobias e lembranças que nos trazem mal estar, são lembranças produtoras de sintomas que atravessam nosso consciente. Muitas vezes estão cheias do que chamamos de sub-modalidades, (sensações do nosso mundo visual, auditivo e cinestésico) que funcionam como ancoras inconscientes para que todo esse conteúdo inesperadamente venha à tona. Pensamentos como: não sou capaz, não consigo, não sou bom o suficiente, não mereço, entre outros fazem parte dos sistemas de crenças limitantes do individuo portador de uma estima baixa, sistemas de crenças esse que por sua vês origina-se de experiências instrojetadas ainda no período da primeira, (de 0 a 2 anos) e segunda infância, (de 2 a 10 anos). Nas sessões analíticas o paciente é conduzido a uma série de reflexões a esses conteúdos, muitas vezes que ele jamais imaginara sua existência, produzindo assim o que chamamos de insights , lampejos de lucidez e vislumbres do inconsciente, permitindo que o analisando, de forma profunda, possa mudar a forma de pensar e agir.
Já a hipnose se apresenta como uma forma evasiva e direta no tratamento da baixa estima, utilizando-se de algumas ferramentas da PNL, proporcionando a revisitação e ressignificação das memórias afetivas através da regressão, ou a elaboração de novos caminhos neurais anulando essas crenças limitantes com outras crenças mais fortes e positivas. Um bom terapeuta sabe transitar por esses dois mundos, duas técnicas, proporcionando para seus pacientes uma terapia sob medida, ajudando a lhe dar com seus conflitos, e mudando sua história de dor por uma cheia de amor, perdão e vitória.